sábado, 23 de julho de 2016

Escolher para quem dar remédio um de 71 anos ou de 21 anos, discussão que não vê a antropologia

Diego Rosseli, médico e graduado em Harvard em educação e atualmente professor na Colômbia. Notavelmente ele deve trabalhar para o laboratório multinacional Roche e outras corporações de medicamentos que ganham com a judicialização de medicamentos. Nessa entrevista à Prescilla Bellini da Folha de São Paulo. Ele comenta e argumenta sobre o que em filosofia pode se chamar de sofisma. Atualmente podemos traduzir isso em vários outros logismos ou até neologismos, como economia de mercado, racionalização de custos, gestão governamental ou empresarial. Não importa, o que é verdadeiro em tudo isso é a vida, o humanismo e a humanidade e tudo quanto levou o homem a construir civilizações onde ele se agrega e a partir deste momento ele se torna dependente e codependente de todo os sistema perverso das civilizações modernas.
Ilustração da redação


Essa discussão chocante que quem escolher para medicar um velho ou idoso de 71 anos, que contribuiu a vida toda com impostos e previdência ou um jovem de 21 anos, já se fez no Brasil na prática, médicos já tiveram que escolher entre a vida de pessoas mais velhas, internações, casos mais leves para as mais jovens. Em alguns casos o jovem foi escolhido, mas na maioria os mais velhos é que possuem naturalmente a vez. Os sintomas de doença em jovens e velhos se diferem e a prostração e desfalecimento de um para outro é bem mais acentuado naquele que tem menos força, resistência, o velho, dentro de parâmetros de doenças iguais, sintomas relativos.

Rosseli deve estar deslumbrado com o salário e a projeção internacional, um latino americano discursando para europeus e norte americanos, chineses e japoneses e sendo ouvido. No entanto, ele como farmaeconomista, como se propõe sua fala dentro dessa especialidade que a repórter apontou como fria. Se esquece de outra ciência essa menos exata, a Antropologia, a construção do homem e a do homem dentro das civilizações, das pólis,. dos Estados e das metrópolis e megalópolis. Hoje, as constituições oferecem pensamentos amplamente discutidos, guerreados, debatidos e sangrados de Direitos Unviersais dos Homens. O Estado como o principal agente e o homem como a alavanca e também agente dentro da simbiose de poder e de direitos e obrigações. Onde o cidadão se torna perante os três poderes, passivo, sem força e submetido às leis. Portanto, se o cidadão se submeteu a Carta Magna, ele também possui direito, a o direito a vida é garantido para todos os homens e mulheres, indistinto a cor, credo, classe social.
Ilustração da redação


Ao negar isso, o homem e a mulher, deveriam voltar para as tribos, clãs ou bandos e cada viver para si. Mas, a humanidade descobriu que é finita, que a natureza é finita. E, que essa noção que o dr. Diego Rosseli se refere, é nada menos nada mais, do que organizativa neste dado histórico que vivemos, ou seja, a propriedade intelectual de patentes, o preço de medicamentos e tratamentos. Ao analisar as Constituições e o que preserva as Constituições vamos deparar que tudo pertence ao ciadadão ao povo e em seu nome devera ser exercido.

Seria bom relembrarmos, pois no passado, na época de Jesus Cristo, houve essa discussão, acredito até mesmo antes de Cristo. Existem escritos bíblicos que coloca o homem como o mais importante ser que existe na terra, acima dos animais. Há salmo de Davi onde ele compara o homem aos anjos, que são melhores que os homens, mas em compensação Deus ofereceu ao homem a supremacia na terra sobre todas as coisas, animais, terra, ar, água e isso que nós fazemos hoje, ainda muito errado.

Vamos deixar a religião do lado e vamos para o planeta atualmente. Ontem a notícia mais chocante, estão desmatando a Amazonia novamente, quase que um estado do Pará. É uma dos maiores crimes, a seca em São Paulo pode se repetir e a falta de água também devido a falta de chuvas que interfere diretamente o desmatamento. Ninguém comenta isso se faz um Globo Repórter de Islândia, muito bonito, e a Amazônia que está sendo dizimada a décadas.

A poluição de automotores tanto domésticos, carros e milhões de motos que poluem mais ainda. E, os automotores coletivos, de fábricas e indústrias. A massa alfática, o piche do petróleo. A poluição é dos maiores intoxicadores da pele, dos cabelos, dos olhos, da garganta e dos pulmões. O cigarro causa câncer sim, mas e o veneno agratóxico na comida, Brasil é signatário de 19 milhões de toneladas ano de agrotóxicos que ficam na terra, no lençol freático, na pele de quem aplica, nos rios e no nosso estômago e corrente sangüínea.

Portanto, para se tornar o chato, acredito que ainda para se discutir se o homem de 71 anos, fumante, alcoolista, viciado em crack ou maconha, cocaína, deve  morrer pela falta de remédio, ou pela judicialização ou não da saúde, é bastante sofístico e sem noção para nossa realidade e bastante capitalista selvagem para a atualidade mundial. Onde o terrorismo está ditando as normas e chamando justamente o homem à razão de antepassados que não voltam mais e que foram superados por culturas melhores equipadas, mais modernas, embora ainda egoístas e que exercem o poder de domínio através da força, da coerção das armas e não do diálogo, do entendimento que a civilização e a humanidade requer.

Marcelo dos Santos - jornalista - MTb 16,539 SP/SP

Leia mais http://www1.folha.uol.com.br/equilibrioesaude/2016/07/1794603-todo-paciente-tem-um-preco-afirma-especialista-em-farmacoeconomia.shtml




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