sexta-feira, 22 de julho de 2016

Ginecomastia após perda de peso





A cirurgia de ginecomastia apresenta-se sob diferentes técnicas baseadas na aparência da cicatriz. No entanto, os pacientes que tiveram uma perda de peso maciça devem aceitar que eles precisam de uma extensa quantidade de trabalho para alcançar bons resultados



A ginecomastia após a perda de peso, muitas vezes, requer incisões mais longas e mais contorno devido à presença redundante de pele, tecido e gordura. “O objetivo é criar um peito masculino, com aparência natural em que as cicatrizes são posicionadas discretamente”, afirma o cirurgião plástico Ruben Penteado, diretor do Centro de Medicina Integrada (CRM-SP 62.735).

A cirurgia de ginecomastia, ou mais comumente, a cirurgia de redução de mama masculina, apresenta-se sob diferentes técnicas baseadas na aparência da cicatriz. No entanto, os pacientes que tiveram uma perda de peso maciça devem aceitar que eles precisam de uma extensa quantidade de trabalho para alcançar bons resultados.

“A maioria das cirurgias de ginecomastia emprega uma incisão em forma de U na borda inferior da aréola (cerca de 4 a 8 horas) para que as cicatrizes resultantes possam se misturar com a pele. Com esta técnica, os cirurgiões plásticos são capazes de remover o excesso de tecido glandular. No entanto, apenas os homens com uma pele jovem e elástica podem colher os benefícios de uma técnica de incisão em forma de U. Ex-obesos, por sua vez, têm, geralmente, a pele mais redundante, que deve ser removida para atingir o contorno masculino ideal”, diz o médico, que é membro titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica.

Em casos graves de ginecomastia, o paciente pode precisar de uma técnica de redução de âncora, em que as incisões contornem a borda da aréola, verticalmente para baixo para a dobra infra-mamária, e dentro do sulco da mama, levando a uma cicatriz em forma de T invertido. “Apesar da cicatriz mais visível (especialmente a linha vertical entre a aréola e a dobra submamária), os pacientes ex-obesos devem compreender que, muitas vezes, esta  é a única maneira de alcançar a forma ideal de mama”, diz o diretor do Centro de Medicina Integrada.

Nos primeiros meses, as cicatrizes terão a aparência vermelha e vão continuar evoluindo  dentro de um ano. Muitas vezes, elas evoluem muito bem e sua aparência não incomoda a maioria dos pacientes.

“No entanto, alguns pacientes ex-obesos podem desenvolver cicatrizes hipertróficas ou queloides. Além da predisposição genética, estudos têm sugerido que os resultados da cirurgia anterior, história familiar e a cor da pele são fatores de risco para esses episódios. Alguns fatores de risco como a tensão e a infecção da ferida podem ser controlados, se não eliminados”, observa o cirurgião plástico.

Assista abaixo ao vídeo indicado pelo editor:
O fechamento adequado da ferida, com técnica de sutura profunda para minimizar a tensão na pele, é uma maneira de promover a boa cicatrização e cicatrizes favoráveis. Para continuar a apoiar e proteger o local da incisão, alguns médicos também usam curativos especiais. “Uma vez que a ferida é clinicamente curada, os curativos  são então substituídos por fitas de silicone que hidratam a pele e evitam que o tecido cicatricial (queloides / cicatrizes hipertróficas) se forme no interior da derme”, conta Ruben Penteado.

Outras maneiras de promover cicatrizes finas incluem massagem na cicatriz, injeção de esteroides, tratamentos a laser e revisão da cicatriz cirúrgica, que é vista como a última opção, uma vez que implica numa outra incisão.


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